sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Abortos com amparo legal crescem 43%


23 de janeiro de 2009




Número inclui casos previstos em lei e também as interrupções de gravidez no caso de más-formações letais do feto

Governo acredita que aumento se deve à melhor qualificação dos serviços de saúde e à maior publicidade sobre o aborto legal

LARISSA GUIMARÃES
ANGELA PINHO
DA SUCURSAL BRASÍLIA

O número de abortos com amparo legal disparou no ano passado no país. A quantidade de procedimentos do tipo cresceu 43% na rede do SUS (Sistema Único de Saúde), passando de 2.130 (2007) para 3.053 (até novembro de 2008).
A taxa, a maior desde 2002, inclui os casos previstos em lei (risco de morte para mãe e estupro) e as interrupções de gravidez garantidas por decisão judicial (caso de má-formação do feto letal, como anencefalia).
Para os casos previstos expressamente na legislação, não é preciso autorização da Justiça nem boletim de ocorrência. Especialistas apontam que o número pode ser maior, devido à chance de subnotificação.
Para o governo e especialistas, os fatores que explicariam o aumento são: melhor qualificação dos serviços de saúde, profusão de sentenças judiciais favoráveis em casos de má-formação do feto e maior publicidade das informações sobre o aborto legal -resultado de campanhas e polêmicas recentes, como a interrupção da gravidez em caso de anencefalia.
O Ministério da Saúde diz que dois fatores contribuíram para o crescimento de abortos legais no país. Um deles é a reorganização da rede para atender mulheres com direito de abortar -o ministério transformou certos hospitais e centros em referência para atender mulheres em casos de aborto legal e treinou mais equipes.
Também passou a dar maior publicidade para o fato de que mulheres violentadas têm o direito de fazer aborto na rede. "Fizemos diversos seminários para as equipes médicas", afirmou Lena Peres, coordenadora da área de saúde da mulher. "Há outro ponto: as mulheres estão mais bem informadas. (...) A cada ano crescem as denúncias de violência sexual."
Embora não existam dados que permitam dizer qual fator foi o maior responsável pelos abortos legais -estupro, risco de vida para a mãe ou má-formação letal-, a professora da UnB Débora Diniz diz que houve redução significativa dos casos de interrupção da gravidez por estupro após a distribuição da pílula do dia seguinte.
Ela levanta duas hipóteses para a alta de abortos legais: com os serviços de referência, casos que antes não eram notificados passaram a ser; e o aumento das autorizações judiciais para interrupção da gravidez no caso de más-formações. Para ela, debates em torno da questão trouxeram mais informações à sociedade.
Relator de ação sobre o tema prevista para ser julgada neste ano pelo STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Marco Aurélio Mello diz que há no Judiciário uma tendência favorável à gestante que quer interromper a gravidez por anencefalia. "Em geral, juízes deferem porque, se não há cérebro, não há potencialidade de vida."
Além de advogados, é preciso ampliar o acesso ao aborto legal pelo SUS, diz a socióloga Dulce Xavier, da ONG Católicas pelo Direito de Decidir. Segundo ela, ao menos cinco Estados (AP, MS, PI, RR e TO) não fazem o aborto legal no SUS.
Para o padre Bento, coordenador da comissão de Bioética da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), o aumento é ligado ao fato de haver uma cultura da morte, em que a vida tem valor descartável.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Governo vai distribuir documentário a favor do aborto, em escolas

Intrigado pelas informações contidas na notícia abaixo, publicada pelo jornal Zero Hora, na edição do dia 05/01/2009, fui buscar na Internet o que é exatamente esta FIOCRUZ que está financiando a filmagem do documentário O Fim do Silêncio, um filme favorável ao aborto e do qual se pretende distribuir 2 mil cópias para escolas e entidades feministas. A Fiocruz é a Fundação do Instituto Oswaldo Cruz, que nos seus objetivos iniciais estava o de salvar vidas. Agora, promove o aborto, ou seja, tirar vidas!

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5 de janeiro de 2009 | N° 15839
A FAVOR DO ABORTO
Governo vai distribuir documentário em escolas

Veja notícia no original.

A polêmica sobre a legalização do aborto, que opõe o Ministério da Saúde à Igreja e à bancada evangélica no Congresso, vai ganhar um novo capítulo.

A Fundação Oswaldo Cruz, vinculada à pasta, liberou R$ 80 mil para a filmagem do documentário O Fim do Silêncio, uma coleção de depoimentos de mulheres que interromperam a gravidez e defendem a descriminação da prática. Em fevereiro, o órgão vai distribuir gratuitamente 2 mil cópias em DVD para escolas e entidades feministas.

O projeto foi o único documentário de média-metragem selecionado no primeiro edital de vídeo da Fiocruz.

A diretora Thereza Jessouroun diz ter idealizado o roteiro ao ouvir declarações do ministro da Saúde, José Gomes Temporão, a favor da descriminação do aborto. De acordo com ela, a ideia se materializou após a abertura do edital da Fiocruz, cuja direção é nomeada pelo ministro.

Thereza admite que o filme “é claramente a favor do aborto”. A cineasta diz que chegou a entrevistar especialistas contrários e favoráveis à prática, como previa o projeto original, mas optou por manter apenas a participação das mulheres. A pedido da direção da Fiocruz, o material descartado será incluído nos extras do DVD.

Mesmo antes do lançamento, o filme já desperta opiniões contrárias. Dom Antonio Augusto Dias Duarte, bispo auxiliar da Arquidiocese do Rio e integrante da Comissão de Vida e Família da Conferência Nacional de Bispos do Brasil, critica o patrocínio da Fiocruz:

– Não me parece correto, do ponto de vista ético, financiar com dinheiro público um filme que defende posições pessoais do ministro.

sábado, 3 de janeiro de 2009

VATICANO CRITICA ONU POR DEFENDER ABORTO



NOTÍCIAS DO VATICANO
VATICANO CRITICA ONU POR DEFENDER ABORTO
CIDADE DO VATICANO, 31 DEZ (ANSA) - O representante do Vaticano na ONU, monsenhor Celestino Migliore, declarou nesta quarta-feira que as Nações Unidas são incoerentes, pois ao mesmo tempo em que pedem a abolição da pena de morte, não favorecem a "proteção da vida humana em todas as suas fases", opondo-se à legalização do aborto.
"Insiste-se quase unilateralmente sobre a intangibilidade da vida humana no caso específico das sentenças de morte, e se titubeia em relação à extensão do mesmo princípio a todas as fases da vida", reiterou Migliore.
Em uma entrevista divulgada pela Rádio Vaticano, o monsenhor afirmou que a ONU não defende "o direito de nascer" como protege "o direito de sobreviver". (ANSA)
31/12/2008 15:02

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