terça-feira, 25 de agosto de 2009
terça-feira, 31 de março de 2009
D. Cardoso Sobrinho - prêmio pela fidelidade
Caro Amigos
Salve Maria!
Human Life International tem a honra de conceder a Dom José Cardoso Sobrinho, Arcebispo de Olinda e Recife, o Prêmio Cardeal Von Galen em reconhecimento por sua atitude heróica no cumprimento do ministério episcopal, ao enfrentar o desagrado de tantos que promovem a cultura da morte.
Agindo em nome das associações católicas pró-vida em mais de 80 países do mundo, Human Life International concede o Prêmio Cardeal Von Galen a personalidades – especialmente Prelados – que se destacam na defesa da sacralidade da vida conforme os ensinamentos católicos verdadeiros.
O Prêmio leva o nome do Bem-Aventurado Clemens August von Galen (1878-1946), o qual foi bispo de Münster (Alemanha) durante a era nazista. Levantou sua voz em defesa dos pobres e dos doentes, protestando contra a eutanásia, a perseguição dos judeus e a expulsão dos religiosos.
Por causa de sua coragem, ficou conhecido como o “Leão de Münster”. O lema que escolheu quando foi eleito bispo foi “Nem elogios nem ameaças” [me distanciarão de Deus]. E verdadeiramente viveu conforme o seu lema.
O cardeal Von Galen demonstrou coragem ao enfrentar os nazistas, desvelando a verdade sobre a ideologia do nazismo, defendendo a liberdade da Igreja e das associações católicas, bem como a educação religiosa. Acusou abertamente o nazismo de discriminação contra os cristãos, os quais eram encarcerados e assassinados. Condenou outros abusos do governo totalitário, lutou pelo direito à vida e denunciou de modo veemente o massacre das pessoas deficientes físicas e mentais consideradas “inúteis”.
Dom José Cardoso Sobrinho se destacou pelo empenho com que lutou pelos dois gêmeos nascituros daquela pobre menina grávida de apenas 9 anos de idade, em face de tanto negativismo, tanto dentro como fora da Igreja.
Mons. Ignacio Barreiro, JD, STD, chefe do bureau da Human Life International em Roma, será enviado à arquidiocese de Olinda e Recife - em nome do Rev. Padre Thomas Euteneuer, Presidente do Human Life International - acompanhado por mim na minha qualidade de diretor de programações para os países de língua portuguesa, a fim de entregar pessoalmente a Dom José o Prêmio Cardeal Von Galen.
O referido Prêmio é acompanhado de uma doação de mil dólares para ajudar de algum modo o trabalho pastoral dele.
Nosso maior desejo é o de publicamente apoiár a Dom José neste momento de grande dificuldade. A Santa Igreja precisa de pastores verdadeiros, que saibam dizer que “é justo obedecer a Deus antes que aos homens, pois não podem deixar de falar do que viram e ouviram” (Atos 4:19-20).
O Prêmio já foi concedido a outros prelados que se destacaram em iniciativas em defesa da vida e da moral católica, como o Cardeal Lopez Trujillo, o Cardeal Tumi de Benin, Dom Antonio Arregui, arcebispo de Guayaquil e presidente da Conferência Episcopal Equatoriana, e vários outros aqui na América do Norte.
Em última análise, através de Dom José serão homenageados e prestigiados todos aqueles que no Brasil se empenham na defesa do Evangelho da Vida.
In Jesu et Maria,
Raymond de Souza
sexta-feira, 13 de março de 2009
Menina de 11 anos dá à luz no RS
Mãe e filha passam bem e devem ficar três dias em observação.
Do G1, em São Paulo, com informações do ClicRBS*
Uma garota de 11 anos deu à luz uma menina na quarta-feira (11), em Tenente Portela (RS). O bebê nasceu com 2,8 quilos e 45 centímetros, de cesárea. As duas passam bem. A jovem mãe teria sido violentada pelo padrasto, de 51 anos. Ele está preso e é suspeito de ser pai da recém-nascida.
O ginecologista e obstetra Claudio José Furini, que fez o parto, disse que a gestação já havia completado oito meses e meio. "Sob o ponto de vista médico, está tudo ótimo com a mãe e com a filha. A menina parece feliz com a maternidade, já pegou o bebê no colo", afirmou.
Mãe e filha deverão ficar internadas, em observação, durante pelo menos três dias. Depois, devem retornar juntas para casa, em Iraí (RS). Familiares afirmam que a menina faz questão de cuidar da própria filha e descartam a possibilidade de encaminhamento para adoção. "Nem dar (o bebê) ela não quer, diz que vai ser a relíquia dela, que ela mesma vai cuidar", conta a irmã de criação de 25 anos, que mora na mesma casa.
O padrasto, que é pedreiro, foi denunciado por estupro. Ele se apresentou à polícia na terça-feira (10) e foi encaminhado a um presídio.
*(Com informações do Zero Hora)
sábado, 7 de março de 2009
Toda a verdade sobre o aborto das gêmeas
GRÁVIDA DE GÊMEOS EM ALAGOINHA
O lado que a imprensa deixou de contar
Há cerca de oito dias, nossa cidade foi tomada de surpresa por uma trágica notícia de um acontecimento que chocou o país: uma menina de 9 anos de idade, tendo sofrido violência sexual por parte de seu padrasto, engravidou de dois gêmeos. Além dela, também sua irmã, de 13 anos, com necessidade de cuidados especiais, foi vitima do mesmo crime. Aos olhos de muitos, o caso pareceu absurdo, como de fato assim também o entendemos, dada a gravidade e a forma como há três anos isso vinha acontecendo dentro da própria casa, onde moravam a mãe, as duas garotas e o acusado.
O Conselho Tutelar de Alagoinha, ciente do fato, tomou as devidas providências no sentido de apossar-se do caso para os devidos fins e encaminhamentos. Na sexta-feira, dia 27 de fevereiro, sob ordem judicial, levou as crianças ao IML de Caruaru-PE e depois ao IMIP (Instituto Médico Infantil de Pernambuco), de Recife a fim de serem submetidas a exames sexológicos e psicológicos. Chegando ao IMIP, em contato com a Assistente Social Karolina Rodrigues, a Conselheira Tutelar Maria José Gomes, foi convidada a assinar um termo em nome do Conselho Tutelar que autorizava o aborto. Frente à sua consciência cristã, a Conselheira negou-se diante da assistente a cometer tal ato. Foi então quando recebeu das mãos da assistente Karolina Rodrigues um pedido escrito de próprio punho da mesma que solicitava um “encaminhamento ao Conselho Tutelar de Alagoinha no sentido de mostrar-se favorável à interrupção gestatória da menina, com base no ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) e na gravidade do fato”. A Conselheira guardou o papel para ser apreciado pelos demais Conselheiros colegas em Alagoinha e darem um parecer sobre o mesmo com prazo até a segunda-feira dia 2 de março. Os cinco Conselheiros enviaram ao IMIP um parecer contrário ao aborto, assinado pelos mesmos. Uma cópia deste parecer foi entregue à assistente social Karolina Rodrigues que o recebeu na presença de mais duas psicólogas do IMIP, bem como do pai da criança e do Pe. Edson Rodrigues, Pároco da cidade de Alagoinha.
No sábado, dia 28, fui convidado a acompanhar o Conselho Tutelar até o IMIP em Recife, onde, junto à conselheira Maria José Gomes e mais dois membros de nossa Paróquia, fomos visitar a menina e sua mãe, sob pena de que se o Conselho não entregasse o parecer desfavorável até o dia 2 de março, prazo determinado pela assistente social, o caso se complicaria. Chegamos ao IMIP por volta das 15 horas. Subimos ao quarto andar onde estavam a menina e sua mãe em apartamento isolado. O acesso ao apartamento era restrito, necessitando de autorização especial. Ao apartamento apenas tinham acesso membros do Conselho Tutelar, e nem tidos. Além desses, pessoas ligadas ao hospital. Assim sendo, à área reservada tiveram acesso naquela tarde as conselheiras Jeanne Oliveira, de Recife, e Maria José Gomes, de nossa cidade.
Com a proibição de acesso ao apartamento onde menina estava, me encontrei com a mãe da criança ali mesmo no corredor. Profunda e visivelmente abalada com o fato, expôs para mim que tinha assinado “alguns papéis por lá”. A mãe é analfabeta e não assina sequer o nome, tendo sido chamada a pôr as suas impressões digitais nos citados documentos.
Perguntei a ela sobre o seu pensamento a respeito do aborto. Valendo-se se um sentimento materno marcado por preocupação extrema com a filha, ela me disse da sua posição desfavorável à realização do aborto. Essa palavra também foi ouvida por Robson José de Carvalho, membro de nosso Conselho Paroquial que nos acompanhou naquele dia até o hospital. Perguntei pelo estado da menina. A mãe me informou que ela estava bem e que brincava no apartamento com algumas bonecas que ganhara de pessoas lá no hospital. Mostrava-se também muito preocupada com a outra filha que estava em Alagoinha sob os cuidados de uma família. Enquanto isso, as duas conselheiras acompanhavam a menina no apartamento. Saímos, portanto do IMIP com a firme convicção de que a mãe da menina se mostrava totalmente desfavorável ao aborto dos seus netos, alegando inclusive que “ninguém tinha o direito de matar ninguém, só Deus”.
Na segunda-feira, retornamos ao hospital e a história ganhou novo rumo. Ao chegarmos, eu e mais dois conselheiros tutelares, fomos autorizados a subirmos ao quarto andar onde estava a menina. Tomamos o elevador e quando chegamos ao primeiro andar, um funcionário do IMIP interrompeu nossa subida e pediu que deixássemos o elevador e fôssemos à sala da Assistente Social em outro prédio. Chegando lá fomos recebidos por uma jovem assistente social chamada Karolina Rodrigues. Entramos em sua sala eu, Maria José Gomes e Hélio, Conselheiros de Alagoinha, Jeanne Oliveira, Conselheira de Recife e o pai da menina, o Sr. Erivaldo, que foi conosco para visitar a sua filha, com uma posição totalmente contrária à realização do aborto dos seus netos. Apresentamo-nos à Assistente e, ao saber que ali estava um padre, ela de imediato fez questão de alegar que não se tratava de uma questão religiosa e sim clínica, ainda que este padre acredite que se trata de uma questão moral.
Perguntamos sobre a situação da menina como estava. Ela nos afirmou que tudo já estava resolvido e que, com base no consentimento assinado pela mãe da criança em prol do aborto, os procedimentos médicos deveriam ser tomados pelo IMI dentro de poucos dias. Sem compreender bem do que se tratava, questionei a assistente no sentido de encontrar bases legais e fundamentos para isto. Ela, embora não sendo médica, nos apresentou um quadro clínico da criança bastante difícil, segundo ela, com base em pareceres médicos, ainda que nada tivesse sido nos apresentado por escrito.
Justificou-se com base em leis e disse que se tratava de salvar apenas uma criança, quando rebatemos a idéia alegando que se tratava de três vidas. Ela, desconsiderando totalmente a vida dos fetos, chegou a chamá-los em “embriões” e que aquilo teria que ser retirado para salvar a vida da criança. Até então ela não sabia que o pai da criança estava ali sentado ao seu lado. Quando o apresentamos, ela perguntou ao pai, o Sr. Erivaldo, se ele queria falar com ela. Ele assim aceitou. Então a assistente nos pediu que saíssemos todos de sua sala os deixassem a sós para a essa conversa. Depois de cerca de vinte e cinco minutos, saíram dois da sala para que o pai pudesse visitar a sua filha. No caminho entre a sala da assistente e o prédio onde estava o apartamento da menina, conversei com o pai e ele me afirmou que sua idéia desfavorável ao aborto agora seria diferente, porque “a moça me disse que minha filha vai morrer e, se é de ela morrer, é melhor tirar as crianças”, afirmou o pai quase que em surdina para mim, uma vez que, a partir da saída da sala, a assistente fez de tudo para que não nos aproximássemos do pai e conversássemos com ele. Ela subiu ao quarto andar sozinha com ele e pediu que eu e os Conselheiros esperássemos no térreo. Passou-se um bom tempo. Eles desceram e retornamos à sala da assistente social. O silêncio de que havia algo estranho no ar me incomodava bastante. Desta vez não tive acesso à sala. Porém, em conversa com os conselheiros e o pai, a assistente social Karolina Rodrigues, em dado momento da conversa, reclamou da Conselheira porque tinha me permitido ver a folha de papel na qual ela solicitara o parecer do Conselho Tutelar de Alagoinha favorável ao aborto e rasgou a folha na frente dos conselheiros e do pai da menina. A conversa se estendeu até o final da tarde quando, ao sair da sala, a assistente nos perguntava se tinha ainda alguma dúvida. Durante todo o tempo de permanência no IMIP não tivemos contato com nenhum médico. Tudo o que sabíamos a respeito do quadro da menina era apenas fruto de informações fornecidas pela assistente social. Despedimo-nos e voltamos para nossas casas. Aos nossos olhos, tudo estava consumado e nada mais havia a fazer.
Dada a repercussão do fato, surge um novo capítulo na história. O Arcebispo Metropolitano de Olinda e Recife, Dom José Cardoso, e o bispo de nossa Diocese de Pesqueira, Dom Francisco Biasin, sentiram-se impelidos a rever o fato, dada a forma como ele se fez. Dom José Cardoso convocou, portanto, uma equipe de médicos, advogados, psicólogos, juristas e profissionais ligados ao caso para estudar a legalidade ou não de tudo o que havia acontecido. Nessa reunião que se deu na terça-feira, pela manhã, no Palácio dos Manguinhos, residência do Arcebispo, estava presente o Sr. Antonio Figueiras, diretor do IMIP que, constatando o abuso das atitudes da assistente social frente a nós e especialmente com o pai, ligou ao hospital e mandou que fosse suspensa toda e qualquer iniciativa que favorecesse o aborto das crianças. E assim se fez.
Um outro encontro de grande importância aconteceu. Desta vez foi no Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, na tarde da terça-feira. Para este, eu e mais dois Conselheiros, bem como o pai da menina formos convidados naquela tarde. Lá no Tribunal, o desembargador Jones Figueiredo, junto a demais magistrados presentes, se mostrou disposto a tomar as devidas providências para que as vidas das três crianças pudessem ser salvas. Neste encontro também estava presente o pai da criança. Depois de um bom tempo de encontro, deixamos o Tribunal esperançosos de que as vidas das crianças ainda poderiam ser salvas.
Já a caminho do Palácio dos Manguinhos, residência do Arcebispo, por volta das cinco e meia da tarde, Dom José Cardoso recebeu um telefonema do Diretor do IMIP no qual ele lhe comunicava que um grupo de uma entidade chamada Curumins, de mentalidade feminista pró-aborto, acompanhada de dois técnicos da Secretaria de Saúde de Pernambuco, teriam ido ao IMIP e convencido a mãe a assinar um pedido de transferência da criança para outro hospital, o que a mãe teria aceito. Sem saber do fato, cheguei ao IMIP por volta das 18 horas, acompanhado dos Conselheiros Tutelares de Alagoinha para visitar a criança. A Conselheira Maria José Gomes subiu ao quarto andar para ver a criança. Identificou-se e a atendente, sabendo que a criança não estava mais na unidade, pediu que a Conselheira sentasse e aguardasse um pouco, porque naquele momento “estava havendo troca de plantão de enfermagem”. A Conselheira sentiu um clima meio estranho, visto que todos faziam questão de manter um silêncio sigiloso no ambiente. Ninguém ousava tecer um comentário sequer sobre a menina.
No andar térreo, fui informado do que a criança e sua mãe não estavam mais lá, pois teriam sido levadas a um outro hospital há pouco tempo acompanhadas de uma senhora chamada Vilma Guimarães. Nenhum funcionário sabia dizer para qual hospital a criança teria sido levada. Tentamos entrar em contato com a Sra. Vilma Guimarães, visto que nos lembramos que em uma de nossas primeiras visitas ao hospital, quando do assédio de jornalistas querendo subir ao apartamento onde estava a menina, uma balconista chamada Sandra afirmou em alta voz que só seria permitida a entrada de jornalistas com a devida autorização do Sr. Antonio Figueiras ou da Sra. Vilma Guimarães, o que nos leva a crer que trata-se de alguém influente na casa. Ficamos a nos perguntar o seguinte: lá no IMIP nos foi afirmado que a criança estava correndo risco de morte e que, por isso, deveria ser submetida ao procedimentos abortivos. Como alguém correndo risco de morte pode ter alta de um hospital. A credibilidade do IMIP não estaria em jogo se liberasse um paciente que corre risco de morte? Como explicar isso? Como um quadro pode mudar tão repentinamente? O que teriam dito as militantes do Curumim à mãe para que ela mudasse de opinião? Seria semelhante ao que foi feito com o pai?
Voltamos ao Palácio dos Manguinhos sem saber muito que fazer, uma vez que nenhuma pista nós tínhamos. Convocamos órgãos de imprensa para fazer uma denúncia, frente ao apelo do pai que queria saber onde estava a sua filha.
Na manhã da quarta-feira, dia 4 de março, ficamos sabendo que a criança estava internada na CISAM, acompanhada de sua mãe. O Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (FUSAM) é um hospital especializado em gravidez de risco, localizado no bairro da Encruzilhada, Zona Norte do Recife. Lá, por volta das 9 horas da manhã, nosso sonho de ver duas crianças vivas se foi, a partir de ato de manipulação da consciência, extrema negligência e desrespeito à vida humana.
Isto foi relatado para que se tenha clareza quanto aos fatos como verdadeiramente eles aconteceram. Nada mais que isso houve. Porém, lamentamos profundamente que as pessoas se deixem mover por uma mentalidade formada pela mídia que está a favor de uma cultura de morte. Espero que casos como este não se repitam mais.
Ao IMIP, temos que agradecer pela acolhida da criança lá dentro e até onde pode cuidar dela. Mas por outro lado não podemos deixar de lamentar a sua negligência e indiferença ao caso quando, sabendo do verdadeiro quadro clínico das crianças, permitiu a saída da menina de lá, mesmo com o consentimento da mãe, parecendo ato visível de quem quer se ver livre de um problema.
Aos que se solidarizaram conosco, nossa gratidão eterna em nome dos bebês que a esta hora, diante de Deus, rezam por nós. “Vinde a mim as crianças”, disse Jesus. E é com a palavra desde mesmo Jesus que continuaremos a soltar nossa voz em defesa da vida onde quer que ela esteja ameaçada. “Eu vim para que todos tenham vida e a tenham plenamente” (Jo, 10,10). Nisso cremos, nisso apostamos, por isso haveremos de nos gastar sempre. Acima de tudo, a Vida!
Pe. Edson Rodrigues
Pároco de Alagoinha-PE
padreedson@hotmail.com
(87) 3839.1473
quinta-feira, 5 de março de 2009
Missa das Famílias na Espanha contra o aborto
Multidão de espanhóis afluiu a Madri para participar da “Missa das Famílias” na grande Plaza de Colón, no centro da capital, por ocasião da festa da Sagrada Família.
Desafiaram a neve e temperaturas gélidas para homenagear “o modelo da verdadeira família: a Sagrada Família de Nazaré”.
E manifestaram seu repúdio às tentativas socialistas de ampliar as leis de aborto, divórcio e pseudo-casamento homossexual.
A enorme manifestação repercutiu no “Washington Post” e no “Los Angeles Times” dos EUA, e até no “China Post” de Taiwan. Porém, como de costume, a imprensa brasileira fez silêncio sobre ela, pois os grandes espaços midiáticos estavam ocupados pelas arruaças promovidas por grupelhos anarquistas...
Fonte: Blog Agência Boa Imprensa
Entrevista de Dom José Cardoso Sobrinho sobre aborto de gêmeas
"Quem faz aborto é excomungado"
O arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho, resolveu se pronunciar sobre o caso da criança grávida de gêmeos na noite de ontem. Disse que estava preocupado com a iminência do "assassinato de duas crianças" e que tentou evitar o aborto ao longo do dia. Conversou com o diretor do Imip, com o presidente do Tribunal de Justiça e por fim tentou falar com o governador Eduardo Campos, mas não obteve sucesso. Na opinião do arcebispo, a lei de Deus deve estar sempre acima da lei dos homens.
A igreja é contra o aborto, mas nesse caso a gestante tem apenas nove anos e foi vítima de estupro. Mesmo assim a igreja continua sendo contrária?
Procuramos observar a lei de Deus, que está acima de qualquer lei humana. Nós temos no Brasil leis humanas que são contra a lei de Deus, tais como o divórcio e o aborto. Quem acredita em Deus ou em outra vida procura cumprir a lei maior. O quinto mandamento diz: "Não matarás". Não podemos matar um inocente. Quem faz aborto é excomungado.
Mas se a gestante corre risco de vida ao levar adiante a gestação?
O princípio moral da igreja é: não se pode fazer mal com finalidade boa. Temos que cuidar da saúde dela, salvar a vida dela. O meio para salvar a vida da mãe não pode ser matar os filhos. Se fosse assim, seria permitido roubar para distribuir entre os pobres porque os fins justificariam os meios.
De que forma o senhor tentou evitar o aborto?
Pela manhã, liguei para o doutor Antônio Figueira, do Imip, porque soube que o aborto estava marcado para às 8h. Pedi uma audiência com ele e nos reunimos aqui no Palácio dos Manguinhos. Ele explicou que a menina não corria risco de morte nem hoje, nem amanhã. Depois falei com o presidente do Tribunal de Justiça, Jones Figueirêdo, e pedi que não houvesse nenhuma liminar para nos pegar de surpresa. À noite, recebi uma ligação do Imip dizendo que a mãe havia levado a criança para outro lugar.
O senhor também ligou para o governador?
Hoje à noite (ontem) tentei contato com Eduardo Campos e não consegui retorno. Queria solicitar que ele tomasse uma atitude para evitar o assassinato de duas crianças ainda esta noite (ontem), em qualquer hospital público.
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
Abortos com amparo legal crescem 43%
23 de janeiro de 2009
Número inclui casos previstos em lei e também as interrupções de gravidez no caso de más-formações letais do feto
Governo acredita que aumento se deve à melhor qualificação dos serviços de saúde e à maior publicidade sobre o aborto legal
LARISSA GUIMARÃES
ANGELA PINHO
DA SUCURSAL BRASÍLIA
O número de abortos com amparo legal disparou no ano passado no país. A quantidade de procedimentos do tipo cresceu 43% na rede do SUS (Sistema Único de Saúde), passando de 2.130 (2007) para 3.053 (até novembro de 2008).
A taxa, a maior desde 2002, inclui os casos previstos em lei (risco de morte para mãe e estupro) e as interrupções de gravidez garantidas por decisão judicial (caso de má-formação do feto letal, como anencefalia).
Para os casos previstos expressamente na legislação, não é preciso autorização da Justiça nem boletim de ocorrência. Especialistas apontam que o número pode ser maior, devido à chance de subnotificação.
Para o governo e especialistas, os fatores que explicariam o aumento são: melhor qualificação dos serviços de saúde, profusão de sentenças judiciais favoráveis em casos de má-formação do feto e maior publicidade das informações sobre o aborto legal -resultado de campanhas e polêmicas recentes, como a interrupção da gravidez em caso de anencefalia.
O Ministério da Saúde diz que dois fatores contribuíram para o crescimento de abortos legais no país. Um deles é a reorganização da rede para atender mulheres com direito de abortar -o ministério transformou certos hospitais e centros em referência para atender mulheres em casos de aborto legal e treinou mais equipes.
Também passou a dar maior publicidade para o fato de que mulheres violentadas têm o direito de fazer aborto na rede. "Fizemos diversos seminários para as equipes médicas", afirmou Lena Peres, coordenadora da área de saúde da mulher. "Há outro ponto: as mulheres estão mais bem informadas. (...) A cada ano crescem as denúncias de violência sexual."
Embora não existam dados que permitam dizer qual fator foi o maior responsável pelos abortos legais -estupro, risco de vida para a mãe ou má-formação letal-, a professora da UnB Débora Diniz diz que houve redução significativa dos casos de interrupção da gravidez por estupro após a distribuição da pílula do dia seguinte.
Ela levanta duas hipóteses para a alta de abortos legais: com os serviços de referência, casos que antes não eram notificados passaram a ser; e o aumento das autorizações judiciais para interrupção da gravidez no caso de más-formações. Para ela, debates em torno da questão trouxeram mais informações à sociedade.
Relator de ação sobre o tema prevista para ser julgada neste ano pelo STF (Supremo Tribunal Federal), o ministro Marco Aurélio Mello diz que há no Judiciário uma tendência favorável à gestante que quer interromper a gravidez por anencefalia. "Em geral, juízes deferem porque, se não há cérebro, não há potencialidade de vida."
Além de advogados, é preciso ampliar o acesso ao aborto legal pelo SUS, diz a socióloga Dulce Xavier, da ONG Católicas pelo Direito de Decidir. Segundo ela, ao menos cinco Estados (AP, MS, PI, RR e TO) não fazem o aborto legal no SUS.
Para o padre Bento, coordenador da comissão de Bioética da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), o aumento é ligado ao fato de haver uma cultura da morte, em que a vida tem valor descartável.